domingo, 30 de agosto de 2009


CRISTALINO: lente biconvexa, transparente, flexível 9 capa de modificar sua forma), localizada atrás da íris. Sua função é focar os raios de luz para um ponto certo na retina.

RETINA: camada nervosa, localizada na porção interna do olho, onde se encontram célula fotoreceptoras( CONES, responsáveis pela visão central e pelas cores, e Bastonetes, responsáveis pela visão periférica e noturna). Sua função é transformar os estímulos luminosos em estímulos nervosos que são enviados para o cérebro pelo nervo óptico. No cérebro essa mensagem é traduzida em visão.

COROÍDE: é uma camada intermediária, rica em vasos que servem para a nutrição da retina. A região da retina, responsável pela visão central, chama-se MÁCULA, na qual se localizam os cones .

HUMOR VÍTREO: é uma substância viscosa e transparente, que preenche a porção entre o cristalino e a retina.

HUMOR AQUOSO: é um líquido transparente, que preenche o espaço entre a córnea e a íris. Sua principal função é a nutrição da córnea e do cristalino, além de regular a pressão interna do olho.

ESCLERA: é a parte branca do olho. Sua função é a proteção ocular.

http://www.drvisao.com.br/conheca_olho.php

Animais que pastam, mais interessados em evitar predadores do que
em caçar, têm em geral os olhos localizados nas laterais da cabeça
(foto: Fábio Colombini)

Gostaria de saber se os animais, os cachorro, peixes, pássaros, vêem em cores ou em preto e branco? Conseguem enxergar como nós?



Gostaria de saber se os animais, os cachorro, peixes, pássaros, vêem em cores ou em preto e branco? Conseguem enxergar como nós?
Lívia

Existem dois tipos de células sensíveis à luz no olho: os cones e os bastonetes, cujos nomes respondem à forma destas células. Cada uma delas é especializada em um aspecto distinto da captação de luz: enquanto os bastonetes respondem à intensidade luminosa (níveis baixos ou altos de luz), os cones lêem as freqüências da luz, que, na banda visível do espectro eletromagnético, são o que conhecemos como cores. Assim, os bastonetes nos ajudariam a ver de noite ou com pouca luz e os cones nos permitem perceber distintas cores.
Tanto nos bastonetes como nos cones, existem moléculas de um tamanho relativamente grande que absorvem os fótons que chegam a elas e que são as que produzem finalmente impulsos elétricos no nervo óptico.
A distinção de cores está baseada em dois aspectos:
1. A quantidade de cones diferentes que possua o animal: cada tipo de cone percebe uma freqüência luminosa diferente. Por exemplo, no caso do homem, possuímos três tipos diferentes de cones que respondem a três freqüências diferentes: luz azul, luz verde e luz vermelha. Possuímos até seis milhões de cones em nossa retina.
2. Como o cérebro do animal interpreta posteriormente a combinação das freqüências diferentes que recebe: para que um animal possa perceber um mundo em cores, precisa ter pelo menos duas classes diferentes de células sensíveis à cor em seu olho, os cones, e um cérebro que possa entender as mensagens que recebe destas células.
Os casos de alguns animais:
Um cachorro pode ver em cor, mas não tantas cores como os homens, já que possui só dois tipos distintos de cones. Por exemplo, o cachorro pode distinguir o azul do amarelo, do vermelho ou do verde, mas não pode distinguir o vermelho do verde. O esquilo e o gato possuem também só dois tipos diferentes de cones.
Uma pomba pode perceber mais cores do que um humano já que possui até cinco tipos diferentes de cones. A borboleta possui quatro tipos diferentes de cones. Um tipo de camarão tem pelo menos 12 classes de células sensíveis à cor e provavelmente seja o animal que mais cores perceba.
No outro extremo, podemos encontrar casos de animais que não possuem cones e só disponha de bastonetes em seu olho. Eles não poderão perceber cor alguma, apens mudanças de intensidade de luz. Seu mundo é um mundo de sombras, no qual as sombras menos escuras correspondem a mais luz e as menos escuras, a menos luz. Este é o caso, por exemplo, das salamandras.
Também não verá a cor um animal que, além de bastonetes, só possua um tipo de cone (são necessários dois, no mínimo, para distinguir cores). Assim, seu mundo não será em escala de cinzas como, no caso da salamandra, mas na escala da única cor que percebam seus cones. Isso é que acontece com o polvo.
Existem no reino animal outros casos de animais que percebem um mundo de sombras mas não devido aos bastonetes de seus olhos, mas graças as manchas oculares, sistema parecido com os bastonetes localizados por todo o corpo. É o caso das minhocas de terra, que possuem centos destas manchas oculares sob a superfície da pele, perto de sua cabeça e de sua cola. Uma minhoca usa suas manchas oculares para permanecer em lugares escuros e frios. Se ela fica exposta ao sol por muito tempo, se desidrata e morre. O mesmo ocorre com os micróbios unicelulares, as sanguessugas e as medusas do mar.
As estrelas do mar também vêem só luz e escuridão, mas mediante um mecanismo distinto: o das copas oculares. Elas têm uma copa cheia de células fotosensíveis dentro da ponta de cada braço (a propriamente denominada copa ocular). Uma estrela de mar pode ver em muitas direções movendo seus braços e pode projetar suas copas oculares para fora para ver melhor. Outros animais com copas oculares são os vermes marinhos, alguns moluscos, os crustáceos e as larvas de animais marinhos.
A quantidade de bastonetes que um animal possui faz com que sua visão noturna seja melhor. É o caso de caçadores noturnos, como o cachorro. Os caninos vêem na escuridão de 4 a 5 vezes melhor do que o ser humano. Ainda há o caso de animais que possuem células sensíveis a freqüências que ficam em faixa do espectro eletromagnético não visível para os olhos humanos. É o caso das abelhas, que vêem a luz ultravioleta (UV), uma freqüência que é invisível para nossos olhos. As abelhas usam esta visão em UV para ver os padrões das pétalas florais, os quais lhe indicam onde se encontra o néctar.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI255024-EI1431,00-Os+animais+enxergam+em+cores.html

A visão dos bichos Decifre conosco o enigma de como enxergam coelhos, cavalos, gaviões...





Tape o olho direito e observe tudo ao seu redor sem mexer a cabeça. Faça o mesmo tapando o olho esquerdo. Por último, observe o ambiente com os dois olhos abertos. Reparou que você tem uma visão mais restrita daquilo que está à sua direita quando tapa o olho direito e que seu campo visual à esquerda também é mais limitado quando você tapa o olho esquerdo?
Se não reparou, repita o teste e comprove! A seguir, responda: por que formamos uma imagem quando tapamos o olho direito, formamos também uma só imagem quando tapamos o olho esquerdo e formamos ainda uma única imagem, em vez de duas, quando estamos com os dois olhos abertos? Você acha que um coelho também enxerga assim? E um cavalo? E um gavião? Siga a leitura para decifrar o enigma da visão dos bichos!
A visão única que nós, humanos, conseguimos formar deve-se, em primeiro lugar, ao fato de nossos olhos serem paralelos, isto é, de estarem alinhados lado a lado na nossa face. Quando os olhos estão abertos, a luz atravessa a córnea, a pupila e o cristalino para formar, na retina, uma imagem. Cada olho forma a sua e a envia instantaneamente para o cérebro. As duas imagens que chegam ao cérebro são imediatamente superpostas e nós, então, temos a impressão de uma visão única.


A disposição dos nossos olhos, paralelos e capazes focalizar um mesmo ponto, também nos permite uma visão tridimensional, ou seja: conseguimos perceber a altura, a largura e a profundidade de tudo aquilo que observamos. Alguns animais enxergam de forma parecida com a dos humanos, como é caso dos macacos e dos felinos. Mas a verdade é que cada bicho tem a visão adaptada à sua necessidade.
Os predadores, em geral, têm os olhos localizados na parte frontal da cabeça, de tal forma que podem se voltar para a mesma direção e calcular a exata distância da caça. Esses animais, assim como o homem, formam uma imagem em cada retina e essas se sobrepõem no cérebro formando uma só. É a chamada visão binocular.
Por sua vez, os animais que pastam -- como coelhos, cavalos, veados e vacas -- têm os olhos localizados em cada lado da cabeça. Para eles a percepção de profundidade não é tão importante quanto a visão completa, panorâmica, porque estão mais interessados em evitar os predadores do que em caçar. Assim, o cavalo, por exemplo, pode ver em todas as direções sem mexer a cabeça, mas sua visão tridimensional do mundo é muito limitada.
Como se vê, ter dois olhos não significa ter uma visão binocular. A extensão do campo visual binocular dos animais é determinada quase que exclusivamente pela posição dos olhos na cabeça. Chamamos de campo binocular a área onde a visão de um olho se sobrepõe a do outro. Quanto mais laterais estão os olhos de um animal, menor é o seu campo visual binocular.


Todo animal que é presa -- seja ele peixe, ave ou mamífero -- depende de um eficiente sistema de alerta para evitar ser devorado. Um coelho, portanto, necessita de uma visão panorâmica muito mais do que de uma visão a distância como a da leoa, que é predador.
O coelho, anote aí, pode enxergar 360 graus a sua volta! A natureza lhe propicia essa visão para que ele possa se proteger. A leoa, por sua vez, não tem grandes preocupações com predadores, mas necessita de uma visão capaz de enxergar um coelho correndo a muitos metros e ainda poder avaliar com precisão à distância dessa presa.
Então, seja lá qual for o bicho, para sobreviver é preciso ter olho vivo!
Ciência Hoje das Crianças 138, agosto 2003
Beatriz Simões Correa
Médica - Sociedade
Brasileira de Oftalmologia

http://cienciahoje.uol.com.br/view/1969

Os animais enxergam em preto e branco?




A maneira como os animais enxergam ou percebem o seu ambiente é bastante variável. Muitos sequer possuem estruturas para ver o ambiente: o percebem por meio de receptores químicos ou táteis, explica o professor da Faculdade de Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Júlio César Bicca-Marques.
Outros têm olhos, mas usam outras formas para perceber o que os cerca: algumas serpentes detectam comprimentos de onda no espectro infra-vermelho - isso quer dizer que "enxergam" pelo calor do corpo dos outros animais. Alguns animais chegam a perceber comprimentos de onda invisíveis para o ser humano, como o ultravioleta visto por alguns insetos.
Entre os mamíferos, a visão também é bastante variada. Bicca-Marques explica que depende dos receptores que estão em células dentro da retina do animal. Os macacos-da-noite, por exemplo, têm hábitos noturnos e possuem apenas um tipo de receptor, sendo chamados de monocromatas.
Esse tipo de animal parece enxergar em preto-e-branco, e não há problema, porque à noite o papel da cor é secundário - o cheiro é mais importante para os animais. Muitos outros mamíferos têm dois tipos de pigmentos e são chamados de dicromatas - teriam uma visão parecida com a de um homem daltônico, que confunde determinados tipos de cores.
A maioria dos humanos é tricromata e vê o mundo verdadeiramente em cores. Os grandes símios, como orangotangos, gorilas e chimpanzés, são assim também. Mas o professor chama a atenção para algo interessante. Com exceção dos macacos-da-noite monocromatas e dos bugios tricromatas, todas as outras espécies de macacos das Américas têm indivíduos dicromatas e indivíduos tricromatas. Ou seja, em um mesmo grupo alguns podem enxergar o mundo em cores diferentes de outros.
"As vantagens evolutivas deste polimorfismo são debatidas pelos cientistas, porém sabe-se que homens daltônicos detectam objetos camuflados muito antes e melhor que homens com visão normal (tricromata). Acredita-se que esta variabilidade seja vantajosa para detectar predadores procurar por alimentos", conta Bicca-Marques.

http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI3203478-EI8410,00.html